Vivemos já, há um
bom tempo, em uma cultura de consumo rápido. Compramos uma tecnologia que já estará
ultrapassada em questão de meses, comemos comidas rápidas para não perdemos
tempo preparando-a, e usamos roupas que sabemos que na próxima estação já estarão
fora de moda.
Mas e as relações interpessoais,
também entraram nessa moda de consumo rápido?
Com certeza, infelizmente, creio que todos que lêem isso já devem
ter passado por uma experiência de amor efêmero, seja em uma balada, ou no
simplesmente ficar com um tempo simplesmente por ficar. Mas porque será que o
homem do século XXI esta fugindo tanto de coisas duradouras?
A resposta é
simples! O homem do século XXI só quer ser aceito. Numa sociedade na qual todos
podem ter acesso rápido a bens de consumo e subir na vida, o homem precisa recorrer
a um instinto primata, precisa mostrar para o outro que é superior e deve ser
selecionado, pois possui bens. As pessoas recorrem desesperadamente a roupas de
marca, carros super caros, para que o outro o veja como superior.
Na natureza isso
também acontece, o pavão usa de suas penas para conquistar a fêmea, e essa
escolhe o macho que tiver as penas mais brilhosas e espetaculares, pois isso é
sinal de saúde e fertilidade!
Entretanto, o homem
substituiu parcialmente o culto ao corpo para mostrar sinal de superioridade
para o culto ao dinheiro... Será essa uma evolução para melhor ou para pior?
Esse mundo de fluidez também gerou relações de
instabilidade. O ser humano se sente ameaçado, com medo de ser substituído,
rejeitado, e assim como um instinto de sobrevivência tenta se proteger usando o
artifício de se envolver o menos possível. Esse é o amor de balada, fica-se com
várias pessoas no mesmo dia, existe um prazer sexual, mas o homem está vazio de
sentimentos. Na balada existe uma relação intensa, pode rolar beijos, sexo,
trocas de carinho intensas, mas no final a pessoa está sozinha novamente refém do
medo que não a deixa evoluir.
Nessa cultura de fast-love,
não existe mais tempo para comer, muito menos tempo para cultivo e semeadura do
amor. Mas o ser humano no fundo quer se sentir amado, desejado e não se sentir descartável.
Mas será que não é o próprio homem que faz isso consigo mesmo?!
Nenhum comentário:
Postar um comentário